Split Payment: O que é e como vai impactar sua empresa na Reforma Tributária

A Reforma Tributária brasileira traz diversas mudanças no sistema de arrecadação de impostos, e uma das novidades mais relevantes é o chamado Split Payment, ou “pagamento dividido”. Embora o nome possa parecer técnico, o conceito é simples e tem implicações diretas no dia a dia das empresas.

O que é o Split Payment?

Atualmente, quando uma empresa realiza uma venda, ela recebe o valor total da transação e, posteriormente, é responsável por calcular e recolher os impostos devidos ao governo. Com o Split Payment, essa dinâmica muda: no momento em que o cliente efetua o pagamento, a parte correspondente aos tributos é automaticamente separada e enviada diretamente aos cofres públicos. Ou seja, a empresa recebe apenas o valor líquido da venda, já descontados os impostos.

Como isso vai funcionar na prática?

Imagine que sua empresa venda um produto por R$ 1.000, e os tributos incidentes somem R$ 150. Com o Split Payment, no ato do pagamento, R$ 150 serão automaticamente direcionados ao governo, e sua empresa receberá R$ 850. Esse processo será realizado pelas instituições financeiras ou plataformas de pagamento envolvidas na transação, como bancos, operadoras de cartão ou sistemas de boleto e PIX.

Quais os benefícios do Split Payment?

  • Redução da sonegação e inadimplência: ao recolher os impostos automaticamente, o sistema diminui as chances de fraudes e atrasos no pagamento de tributos.
  • Simplificação do processo tributário: as empresas não precisarão mais se preocupar em calcular e recolher os impostos manualmente, reduzindo a burocracia e o risco de erros.
  • Maior transparência: o governo terá uma visão mais clara e imediata das arrecadações, facilitando o planejamento e a fiscalização.

E os desafios?

Apesar dos benefícios, o Split Payment também apresenta desafios, especialmente para o fluxo de caixa das empresas. Como os impostos são descontados imediatamente, o valor que entra no caixa da empresa é menor, o que pode exigir um planejamento financeiro mais rigoroso para honrar compromissos como pagamento de fornecedores, salários e outras despesas.

Além disso, empresas que operam com margens de lucro apertadas ou que dependem de um fluxo de caixa constante devem estar atentas a essa mudança para evitar surpresas.

Quando o Split Payment entra em vigor?

A implementação do Split Payment está prevista para ocorrer de forma gradual, começando em 2026 e sendo concluída até 2033. Inicialmente, o foco será nas transações entre empresas (B2B), com expansão posterior para outras modalidades. A adoção será coordenada pelo governo federal, em conjunto com estados e municípios, e contará com o suporte de instituições financeiras e plataformas de pagamento.

Como se preparar?

Para se adaptar ao Split Payment, é fundamental que as empresas:

  • Atualizem seus sistemas de gestão: garantindo que estejam preparados para lidar com a nova forma de recebimento e contabilização dos valores.
  • Revisem seu planejamento financeiro: considerando o impacto do recebimento líquido nas operações diárias.
  • Busquem orientação especializada: Contadores e Consultores, para entender as especificidades do Split Payment e como ele afetará seu negócio.

Conte com a Líder Associados

Na Líder Associados Contabilidade e Consultoria, estamos atentos às mudanças trazidas pela Reforma Tributária e prontos para auxiliar sua empresa na transição para o novo modelo de arrecadação. Nossa equipe especializada pode oferecer suporte no planejamento financeiro e na compreensão das novas obrigações fiscais.

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Líder Associados Contabilidade e Consultoria – seu parceiro estratégico na gestão tributária.

MARCIO SOARES REDONDO
Contador

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